Loco… um restaurante de génio….

 

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Adoro conhecer restaurantes novos, diferentes gastronomias. Tenho imensa sorte pois a minha vida de viagens tem-me levado a conhecer tantos e novos sabores. Tantos e novos espaços. Um pouco por todo o mundo, já experimentei um pouco de tudo, de cozinha de fusão, molecular, de autor e de artista.

Mesmo assim, ainda fico fascinada quando me conseguem surpreender. Que foi o que aconteceu recentemente no restaurante Loco, do chef Alexandre Silva, em Lisboa, junto à Basilica da Estrela.

 

Primeiro o espaço: uma cozinha aberta maior que a sala, uma grande oliveira logo à entrada, e ao fundo uma parede de azulejos em cerâmica, inspirada na Casa dos Bicos, de autoria da premiada artista plástica Maria Ana Vasco Costa.

 

 

Não há carta,  o que facilita os indecisos, no Loco há apenas dois menus de degustação:  o menu Descobrir tem 14 momentos (custa entre 65 e 70€, dependendo da matéria-prima utilizada nesse dia) e o Loco tem, no mínimo, 18 (80-85€).

Escolhemos o primeiro e podemos dizer que foi mais do que suficiente para ficarmos fascinados.

Têm duvidas? Sigam-me então e vejam a maravilha que foi:

Para começar um pastel de bacalhau reinventado que estava sublime:

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Seguiram-se umas tostas de ova de pregado com funcho selvagem:

fullsizerender_1Uma sopa de cenoura cim barriga de porco fumada e rábano picante:

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Uns carapaus com lima, pickles de alecrim e flor de sabugueiro desidradata.

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Um pão com chouriço, genial:

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Um tártaro de ostras com pudim e pickles e… água das flores. Que foi um dos melhores  momentos da noite, quando o próprio do chef Alexandre Silva chegou à mesa com as tigelinhas com o tártaro e lhe junta a água da jarra com flores que estava em cima da mesa ;-).

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Seguiu-se o pão. Que aqui é servido a meio da refeição, de forma a transição do primeiro para o segundo andamento. Acompanhado com uma cerveja preta stout, artesanal, feita no próprio restaurante.  Tal como o pão, também ele de cerveja com frutos secos. E outro branco. A acompanhar uma manteiga de azeito, uma de tinta de choco fumado, outra de alho e uma com algas. E ainda azeite e uma fantástica reprodução do famoso molho de bife à Café. Genial.

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No segundo andamento, e agora com um Palato de Côa Reserva 2014, foi-nos servido sardinha assada com melancia e um shot de tomate. Estava perfeito.

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Seguiu-se um carapau com molho de cebolinho e pato.

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Um pargo cozinhado a vapo com pasta de ervas aromáticas envolto em folhas de bananeira que estava delicioso. Adorei também o acompanhamento, a spirulina , que é uma alga anti- oxidante.

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Este prato foi servido com um shot de coco para beber no fim.

Seguiu-se a carne acompanhada com um tinto Vale da Mata, vinho exclusivo do Loco.

Começámos com um magret de pato com compota de ruibarbo com couve lombarda ligeiramente fumada e chips.

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E terminámos com as sobremesas: um gelado maravilho de algas, sésamo e limão servido num molho de para, camomila e miso.

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No fim ainda nos trouxeram uns petit fours servidos numa antiga caixa de costura:

Umas deliciosas queijadinhas, receita da Avó Sofia do chef Alexandre, umas bolachas de chocolate negri com flor de sal, umas bolachinhas com razel hanut (especiarias marroquinas), e umas trufas de chocolate negro.

Eu que não sou nada dada a doces, não resisti a provar tudo e a  terminar ainda com uma bolas de berlim recheadas com doces de ovos. Uma maravilha.

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Que maravilha de jantar. O chef Alexandre Silva está de parabéns, pelo génio, pela originalidade, pela surprendente combinação de tantos sabores.

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