São Tomé – A chegada

E aqui começa o relato da minha viagem com o F. por São Tomé e Principe, uma terra que há muito queria conhecer e de que só ouvia falar maravilhosamente bem. E posso dizer que mesmo assim ultrapassou as expectativas. Vim ontem, pegava nos meus, e voltava para lá já amanhã. Venham daí comigo:

“Chegamos a São Tomé depois da pior viagem que fiz na Tap até hoje. Gosto de dizer bem do que é nosso, normalmente se há várias opções de igual preço dou preferência a esta companhia, e até agora nunca tive qualquer razão de queixa, antes pelo contrário.

Mas sinceramente o que é que lhes passou pela cabeça para porem um avião de médio curso a fazer longo? Os bancos estreitinhos, nada de entretenimento a bordo, três hospedeiras apenas? 

E ainda para mais, a meio, uma escala em Acra que não aparecia no descritivo da passagem. 

Mau, muito mau. Fiquei desapontada, cansada. Graças a Deus que levo normalmente os meus próprios “brinquedos” – livros, vídeos, revistas etc… –  para enfrentar o longo tédio dos vôos diurnos,  senão teriam sido 8 horas penosas. 

Chegamos a São Tomé aos últimos raios de sol e mal saímos porta fora do avião somos abraçados pelo calor húmido tão próprio deste paraíso tropical. O cheiro intenso a terra e a vegetacão, os miúdos que pululam à nossa volta mal saímos para a rua,  pedem-me doces, euros, os meus ténis. Querem nos vender jacas e artesanato, dito local, mas exactamente igual ao que se vende por África fora.

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Num instante fica noite, são seis da tarde e a viagem até à cidade já é feita às escuras.

Não gosto propriamente de chegar a um sítio novo à noite e esta vez não foge à regra. A cidade parece -me decrépita, cheia de lixo, de buracos. Mas as esplanadas estão cheias de locais a beber a sua cerveja de sábado a noite e numa das praças centrais toca-se e canta- se.

Deixamos as malas numa pequena guest House e vamos até ao café e companhia atacar a humidade com uma cerveja gelada.

Um pé direito gigante, uma tela onde estava ser projectado um jogo de futebol Sporting contra qualquer coisa a que não prestei atenção. 

Não há cerveja local, apenas Super Bock, cachecóis de Portugal pelas paredes. Sentir me em casa quando mal saí dela não é bem o que busco nas minhas viagens, mas aproveito para entabular conversa com a simpática empregada que me descreve logo as várias belezas que não posso perder tanto em São Tomé como no Príncipe. 

Acabamos a cerveja e rumamos ao Pátio, um restaurante de peixe grelhado frente ao Mercado Municipal. A sala parece a das pensões antigas, com a televisão aos berros, um papagaio chamado Kika que anda solto a saltitar por entre as mesas e um poster com a selecção portuguesa emoldurado na parede.

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Comemos  uma salada de búzios divinal e um peixe grelhado acompanhado com legumes. O serviço é tão lento quanto simpático. Faz muito calor e o ritmo é outro. 

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Voltamos para a guest house onde vamos dormir logo após o jantar, há que aproveitar uma das raras noites que vamos ter ar condicionado no quarto 😉

Amanhã há outro dia…

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Blog Comments

Olá. Nem de propósito, estive recentemente em São Tomé e Príncipe e publiquei hoje algumas fotografias, apontamentos e sugestões de locais onde comi muito bem, não tivesse eu um blog sobre comida 🙂
Ler a tua descrição da chegada a São Tomé trouxe-me logo as mesmas recordações, é um país que me marcou muito, essencialmente pela positiva.
Beijinhos, Paula

Coioncidência 😉 vou dar uma vista de olhos. Adorei São Tomé. Bjs

O ano passado estive em S Tomé,voei pela Tap e fiz o mesmo reparo como passageira ,como é possivel colocar um voo de medio curso como me explicaram ,para um voo de longo curso? Gostei muito estive em Ilhéus das Rolas, fiz o percurso pelas fazendas.

É para pouparem custos… apesar dos bilhetes estarem longe de ser baratos… enfim…

E na escala que fizeram em Acra tiveram de sair do avião para a zona internacional do aeroporto ou permaneceram no interior do avião ?

Não saímos sequer do avãio, nem à ida, nem à volta.

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